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Minha experiência com: O Hobbit - [SEM SPOILERS]

Nesta série de posts vou abordar livros, filmes e games de uma maneira um pouco diferente: ao invés de analisar os aspectos técnicos como uma crítica faria, pretendo trazer informações mais pessoais sobre a obra em questão. Como o próprio nome diz, vou dizer qual foi minha experiência com determinado livro e etc.

E no primeiro post do blog sobre literatura lhes trago um clássico: O Hobbit

Meu exemplar é dessa edição

Falar das obras de Tolkien é chover no molhado. Todos sabem quão geniais, grandiosas e influentes elas são. Como um nerd iniciante, acompanhei a trilogia de filmes de O Senhor dos Anéis desde minha infância e sempre fiquei fascinado com aquele vasto mundo mas sentia que havia muito mais a ser descoberto. Porém, meu interesse pela Terra Média foi diminuindo ao longo dos anos conforme eu me interessava por outras sagas (não sabia o que estava perdendo) e acabei não me aprofundando mais. O brilho nos olhos e a vontade de mergulhar nos livros só voltou a florescer com o início da trilogia de O Hobbit nos cinemas. Decidi que era a hora de subir de level em nerdice. Fiquei um pouco decepcionado com os filmes mas isso é assunto para outra hora (sim, vou analisar os três filmes).

Eu já havia comprado o livro mas lido bem pouco, no mesmo dia que voltei do cinema, depois de assistir ao terceiro filme, percebi que era a hora de começar minha aventura.

Em breve falarei mais sobre a Terra Média e á respeito das obras de J.R.R.Tolkien, hoje vou me focar ao máximo apenas em como lidei com a narrativa de O Hobbit.



Ao começar a ler, é possível se identificar muito com o protagonista Bilbo Bolseiro já que assim como ele não conhecemos nada além do Condado, onde ele vive. Todos temos um pouco de vontade de nos aventurarmos e com o Sr. Bolseiro não é diferente: ao aceitar fazer parte da Companhia de Thorin Escudo de Carvalho, com muito receio, e ir em busca de vingança contra o dragão Smaug para recuperar a montanha e riquezas dos anões a sensação incrível de descoberta é crescente.

O livro se trata de uma grande viagem e diversos elementos da fantasia estão presentes, muitos desses que o próprio Tolkien criou e se tornaram referência para todas as obras vindouras que se inspiraram nele. Conforme Bilbo se distancia da segurança de seu lar a jornada se torna mais perigosa, apesar disso o clima de aventura jovial nunca esmaece graças á capacidade de tornar tudo divertido que o autor tem: músicas cantadas sobre danças e banquetes pelos Elfos em Valfenda, a perseguição nos túneis com os Orcs e até mesmo a emboscada nos pinheiros sob a luz do luar instiga o leitor e faz com que seja tudo fácil de imaginar. É possível se sentir um integrante dessa grande quest do enredo.

E se isso é possível, deve-se ao grande caráter de companheirismo que apresenta. Os personagens se comportam como amigos o tempo todo, mesmo com a desconfiança sobre o pequeno hobbit e sua capacidade como ladrão, ele se prova a todo momento. E com o desenrolar da aventura fica claro que qualquer um dos 15 integrantes da jornada seria capaz de se sacrificar por um companheiro.



Os ensinamentos de Gandalf, sempre munido de palavras sábias, funcionam como conselhos que podem ser aplicados em nossas vidas e em diversos momentos o autor fala diretamente com quem está lendo, para quem ele conta toda essa história de maneira simples como se fosse seu avô sentado em uma cadeira de balanço e é possível se sentir novamente uma criança com vontade de descobrir o mundo.

As adivinhas no escuro, no desafio á vida de Bilbo com Gollum, onde ele obtêm o Um Anel, é um dos momentos mais espetaculares do livro, bem como a conversa brilhante entre o hobbit e Smaug. Se o Bolseiro é inexperiente em batalhas (o que se prova errado na Floresta das Trevas durante o combate com as aranhas) ele se dá bem com as palavras ao medir o que diz perante o sábio dragão. Todo o clima de perigo iminente é transpassado ao leitor que cria laços com todos os personagens e não deseja que nada de mal aconteça a eles, mesmo quando Thorin se torna outra pessoa graças á febre do ouro. Me senti extremamente afeiçoado pelo Rei Anão e quando ele obtêm sua redenção próximo ao fim do livro foi impossível conter as lágrimas.



Quando a Guerra dos Cinco Exércitos começou uma sensação de desespero e arrependimento me atingiu bem como á Bilbo pois assim como é na vida real, a ganância move as pessoas e todas os desentendimentos e mortes poderiam ter sido evitados. O desfecho da jornada é ótimo apesar de triste e antes do livro terminar já se sente saudade das aventuras e das amizades que se fez ao longo delas.

Na viagem de volta, o penúltimo capítulo, Bilbo e Gandalf passam pelos mesmos lugares em que diversos acontecimentos espetaculares ocorreram. Ao ler esse capítulo, pude me sentir novamente parte da história, já que tudo parece ter acontecido há tanto tempo e as memórias de todas as expectativas da viagem, agora já finalizada, causaram-me um sentimento de tristeza sem igual pois tudo estava chegando ao fim.

Como Bilbo, tudo que pode-se guardar da incrível jornada são as memórias e experiências e Gandalf parece se dirigir a quem está lendo em sua última fala do livro: "...você é apenas uma pessoazinha neste mundo enorme".

Há tanto para contar e tantas sensações indescritíveis que só que leu o livro saberá do que estou falando. Não desejo me alongar mais mas ao terminar o livro realmente dá vontade de pegar a Ferroada sobre a lareira, guardar o Um Anel no bolso e partir novamente rumo ao desconhecido.

Por sorte ainda tenho todos os três livros de O Senhor dos Anéis para ler, além de o Silmarillion e etc. Minha jornada pela Terra Média está longe de acabar.



Esse foi o primeiro post desta ideia que tive de tentar transmitir minhas experiências com um livro, então ainda há muito para ser aperfeiçoado e conto com a compreensão dos leitores quanto á isso.

Nesta série, sempre deixarei minha próxima (possível) leitura no final e dessa vez começarei:

Star Wars: O Herdeiro do Império

Livro que ganhei de Natal da minha espetacular namorada e talvez trarei minha experiência com ele também.



Por favor, compartilhem o blog com seus amigos nerds, se você já leu O Hobbit aproveite para comentar qual foi a SUA experiência com o livro, me dê dicas e sugestões de como melhorar e visite o blog regularmente, tento sempre trazer conteúdo nerd e geek nos meus posts.

Grande abraço e até a próxima


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SOBREMIM

Sou Henrique Simão, sempre (mesmo) gostei de escrever, ler, jogar videogame e assistir filmes. Então decidi juntar todas essas coisas em uma: criei o Masmorra Cultural. Mas o que faço da vida não tem nada a ver com tudo isso, cursei 1 semestre de Jornalismo e tive que sair do curso. Hoje faço faculdade de Gestão Empresarial e trabalho em um Escritório de Gerenciamento de Projetos. Escrever é meu passatempo, jogar, ler e assistir também, porém continuo atrás de meu sonho que é escrever um livro, pelo menos um, aproveitando as milhares de ideias que surgem todos os dias. Amo música e futebol também, tenho constantes embates internos com meus sentimentos e filmes de romance, em minha opinião, são os que mais se aproximam de um retrato da realidade

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