O mimimi não tem limites. Muitos aprovam, muitos mais odeiam. As mudanças feitas pela série da HBO com relação aos livros: de onde elas vem, o que elas comem, onde vivem? Hoje, no Masmorra Cultural.
A série tem se distanciado cada vez mais da obra original de Geroge R.R. Martin e este fato causa rebuliço em todos os tipos de fãs. Os que leram os livros reclamam porque não tem mais o poder do spoiler, ou simplesmente porque são idiotas, os que não leram reclamam porque queriam saber de tudo sem ter que ler os livros, ou simplesmente por serem idiotas, e os que não tem uma opinião e não sabem quais são as diferenças reclamam também, porque é pra isso que a internet serve e porque são idiotas.
A questão é: ninguém tem motivos pra reclamar das malditas mudanças.
Quer reclamar? Reclama que o Loras Tyrell foi transformado em um estereótipo de gay (a única função dele na série é ser gay), reclama que do núcleo estupidamente inútil e cômico que criaram para o Jaime (piadas ok. transformas as cenas de ação características da série em galhofa é "não ok"), pode reclamar também da falta de lentes púrpuras para os Targaryens, mas em minha humilde opinião,deixem as mudanças em paz, elas vieram para o bem.
Desde o início da primeira fucking temporada existem diversas mudanças significativas que fazem muita diferença em todo o contexto da história e elas não foram planejadas (pasmem) pra criar haters nas redes sociais. Muitas deles só existem por uma questão bem simples: livros e tv são mídias absurdamente diferentes. A questão da idade dos personagens é uma das primeiras coisas que salta aos olhos de quem leu os livros e começa a assistir a série mas é fácil entender que os produtores fizeram isso por causa da violência, cenas de sexo e tudo mais que é legal em Game of Thrones. Partindo disso, muitas coisas mudam por tabela, quase como um efeito borboleta.
O autor dos livros também é consultor na série e opina nas mudanças, apesar de não ter a palavra final. A criação dele está em boas mãos com a HBO que sabe o que está fazendo. Inclusive, o próprio tio George deu declarações afirmando que "Há diferenças desde os primeiros episódios. Os livros são os livros. A série é a série. São dois jeitos diferentes de contar a mesma história".
Mas Henrique, entendi que as mudanças não são ruins...agora me diga por que elas são boas?
Justamente por transformarem a série em algo completamente paralelo ao livro. Coisas são reveladas na série que não foram reveladas nos livros, personagens diferentes são criados, encontros entre personagens que jamais aconteceriam nos romances podem acontecer e já aconteceram na tv, personagens morrem na série mas podem continuar vivos nos livros e vice-versa. Tudo isso cria uma sensação de realidade paralela que traz consigo a imprevisibilidade para todo mundo que acompanha a série.
Como leitor dos livros, sinto falta de personagens e acontecimentos que foram simplesmente ignorados em Game of Thrones mas isso não é motivo pra dizer que estão profanando a história original. A quinta temporada foi um passo rumo ao desconhecido, que tem seus prós e contras.
Aproveitando a oportunidade, parem de reclamar das cenas de estupro! Pombas, bebês morrem na série, animais morrem (cara, a Lady, cara), todo mundo morre e só por causa de uma ceninha ou outra de sexo forçado surgem pessoas até debaixo da terra pra dizer "ah, essa série opressora, machista e asdfasdf". Não tá? Só...não. Westeros não é justa pra ninguém. E antes de mais mais nada: eu não defendi estupros, nem na realidade nem na ficção.
Hoje tem mais um episódio que pode ser o marco definitivo da separação entre as duas realidades mas eu não vou assistir porque ainda não terminei o livro 5 e tenho medo de possíveis spoilers mas espero que mudem tudo, assim posso assistir a série em paz.
Enfim, as pessoas tem medo de mudanças. Se você não gostar do rumo que a série está tomando, é simples: pare de assistir.
Compartilhem o blog nas redes sociais, comentem (argumentem comigo, exponha sua opinião), critique e avalie, tudo isso é muito importante.
Grande abraço e até mais.
SOBREMIM
Sou Henrique Simão, sempre (mesmo) gostei de escrever, ler, jogar videogame e assistir filmes. Então decidi juntar todas essas coisas em uma: criei o Masmorra Cultural. Mas o que faço da vida não tem nada a ver com tudo isso, cursei 1 semestre de Jornalismo e tive que sair do curso. Hoje faço faculdade de Gestão Empresarial e trabalho em um Escritório de Gerenciamento de Projetos. Escrever é meu passatempo, jogar, ler e assistir também, porém continuo atrás de meu sonho que é escrever um livro, pelo menos um, aproveitando as milhares de ideias que surgem todos os dias. Amo música e futebol também, tenho constantes embates internos com meus sentimentos e filmes de romance, em minha opinião, são os que mais se aproximam de um retrato da realidade
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